O segundo trimestre de 2025 inicia com os mercados globais atentos à condução da política monetária nas principais economias e à desaceleração sincronizada do crescimento global, ainda marcada por incertezas geopolíticas e transições estruturais na economia mundial. O anúncio de imposição de tarifas, nos EUA, no passado dia 2 de Abril de 2025, marca o tónico para este segundo trimestre.

O contexto geopolítico já era bastante complexo, com vários países relevantes com instabilidade política e envolvidos em guerras. A isto junta-se uma iminente guerra comercial à vista. 

Na Zona Euro…

As últimas projeções indicam que o produto interno bruto (PIB) da zona euro deverá crescer 0,9% em 2025, acelerando para 1,2% em 2026 e atingindo 1,3% em 2027. Ainda que se trate de uma recuperação moderada, trata-se de um sinal positivo num momento em que as economias avançadas enfrentam ajustes estruturais e desafios de competitividade a médio prazo.

O consumo das famílias continuará a desempenhar um papel relevante nesta trajetória de crescimento, suportado pela recuperação dos salários reais e por níveis historicamente baixos de desemprego. A taxa de desemprego, que se espera manter em 6,3% em 2025, deverá recuar ligeiramente para 6,2% até 2027, refletindo um mercado laboral robusto, embora com sinais de ligeiro arrefecimento.

Por outro lado, a perspetiva de uma política monetária gradualmente menos restritiva — em linha com as expectativas de descida das taxas de juro nos próximos trimestres — deverá contribuir para melhorar as condições de financiamento, criando um ambiente mais propício ao investimento e à retoma da procura interna.

A produtividade, que nos últimos anos foi afetada por fatores cíclicos e choques temporários, deverá começar a recuperar progressivamente ao longo do período projetado, embora continue a enfrentar desafios estruturais importantes. Este movimento será essencial para sustentar o crescimento potencial da economia e reforçar a sua competitividade a longo prazo.

Comparativamente às projeções divulgadas em dezembro de 2024, as atuais perspetivas foram ligeiramente revistas em baixa para 2025 e 2026, em 0,2 pontos percentuais, mantendo-se inalteradas para 2027. Essa revisão reflete sobretudo uma performance menos favorável das exportações e uma expectativa de investimento mais contida, influenciadas por um nível de incerteza superior ao inicialmente previsto.

Estes dados refletem uma revisão em baixa do crescimento (PIB) quer para a Europa (0,9%), mas também para os EUA (1,7%) e o Mundo (2,7%).

No Eixo China, as coisas não serão diferentes. As previsões apontam para um abrandamento do crescimento para 5,1%, com as várias retaliações do Presidente Xi Jinping mostrando que a China não tem medo de enfrentar os EUA e só as próximas semanas poderão trazer mais desenvolvimentos a este campo.

Quanto à “Guerra Comercial” gostaria de deixar como reflexão alguns pontos:

  1. Qual o impacto no Ocidente? Qual a relação que sairá?;
  2. Declínio do USD como reserva de vários países?;
  3. Relação Ocidente-China – Nova orientação de comércio?
  4. Quem ganha a corrida tecnológica?;
  5. Como e se os EUA ganham novo fôlego na industrialização?

Taxas de juro

O cenário das taxas de juro de referência nos EUA e Europa, FED e BCE respectivamente, continuará a ser de descida, tendo impacto direto nas responsabilidades de crédito da população, bem como nos depósitos. A correlação verificada entre ações e obrigações tem sido negativa desde o início do ano.

Mercado de Obrigações

O mercado de obrigações é um dos principais instrumentos de investimento das Seguradoras.

O nível de retorno face ao risco continua bastante favorável para as seguradoras. É um bom sinal para os seus clientes.

Mercado de Equity 

Os mercados a nível global neste início do trimestre sofreram uma volatilidade ímpar fruto das medidas tarifárias anunciadas por Donald Trump, como já tivemos ocasião de referir. Ainda é bastante cedo para antecipar cenários, mas a análise configura-se simples: títulos robustos que compõem as carteiras de investidores, seguradoras, bancos e AM poderão estar a transacionar a desconto, o que pode evidenciar ser uma boa altura para reforçar posições em títulos cujos fundamentais não enganem.

Ouro

Tal como antecipado no Outlook anterior, este ativo mantém a trajetória positiva, tendo registado um crescimento superior a 12% no primeiro trimestre do ano. Para este segundo trimestre, fruto até do atual cenário geopolítico, antecipamos que poderá novamente ser um período interessante para este ativo.

Produtos financeiros em seguros

A oferta de seguros financeiros neste segundo  trimestre de 2025, à semelhança do que aconteceu no trimestre anterior, foi bastante diversificada e assente em dois pilares:

1- Unit linkeds;

2- Seguros de capitalização.

Unit Linkeds 

Neste campo adicionamos um player novo à nossa oferta, a Generali-Tranquilidade. Destacamos o produto Investimento Verde, com risco moderado e uma composição de ativos diversificada e robusta. Ainda nesta linha temos o Dinâmico Ações do My Savings – Fidelidade que, na mesma classe de risco, oferece uma exposição maior à classe de Ativos “Ações”. Para clientes com apetite a algum nível de risco e com horizonte temporal de longo prazo, poderão encontrar estes produtos a desconto, fruto das recentes correções de mercados e eventualmente de novas correções que possam surgir.

Seguros capitalização

Neste campo vamos destacar a oferta dos nossos 3 principais parceiros nesta área:

Fidelidade

Mantém a taxa de 2,25% para a opção Segura do My Savings e tem uma oferta limitada até 2 de Maio: o Fidelidade Poupança Segura – 8ª Série, com TANB no 1º ano de 2,5%.

Real Vida

Mantém por, pelo menos, mais um trimestre, a sua linha Capital Protegido, na vertente de seguro de capitalização e PPR. São produtos com rentabilidades atrativas para o 1º ano, entre os 3,25% e os 3,5% e com redução nas taxas liberatórias a reter.

Lusitania Vida

Ainda com a mesma oferta do final de 2024, consideramos que tem uma panóplia interessante de produtos, com rentabilidades não negligenciáveis. Voltamos a destacar um produto ímpar no mercado, o Investimento Taxa Fixa que garante a rentabilidade para todo o período do contrato. 

Acompanhe em tempo real a nossa oferta: https://movaseguros.pt/investimento-poupanca/ 

Disclaimer

Esta análise não constitui qualquer tipo de recomendação de investimento, a mesma pretende apenas dar um olhar global ao mundo e aos mercados bem como a oferta existente em Portugal no nosso campo de atuação.

Sempre que são referidas taxas associados aos produtos são TANB.

As fontes para recolha de dados foram: FMI, BCE, FED, Banco Portugal, OCDE, Sites de Seguradoras e Bancos.

Paulo Montez

Founder e Head da MOVA Seguros 

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