Desde o dia 11 de julho que deixou de ser obrigatória a afixação do “selo” do seguro automóvel (na verdade, falamos do dístico da Carta Verde internacional) no para-brisas do carro.

De facto, a entrada em vigor da lei 32/2023 deixou cair esta obrigação dos proprietários de um automóvel.

Esta alteração da lei é resultado das transformações que o setor segurador tem vindo a sofrer, sobretudo ao nível da evolução da tecnologia e pelo encontro de soluções de seguro mais eficazes, eficientes e sustentáveis. Por coincidência (ou não) princípios que também estão no ADN da MOVA Seguros.

O que é o selo do carro?

A Carta Verde é um documento fundamental para se garantir o risco de um automóvel em circulação. Se ele causar dano a pessoas ou a bens, a Seguradora em questão responsabiliza-se pelos danos causados. Quando falamos do seguro automóvel obrigatório, este risco pode ir até aos 6,45 milhões de euros de danos causados a pessoas e a 1,3 milhões de euros de danos causados a bens. Assim, a Carta Verde é o documento, reconhecido internacionalmente, que atesta a existência do seguro obrigatório por lei, indicando qual a Seguradora em que este seguro está colocado, o seu número de apólice e a sua validade. O dístico que se afixava no vidro do carro tinha um resumo destes dados, podendo ser verificado por qualquer pessoa. 

No entanto, o avanço da tecnologia e a implementação de sistemas informáticos eficientes fez com que as autoridades de trânsito – como a PSP e a GNR – tenham acesso a estas informações através dos computadores instalados nos seus próprios veículos. Se as informações relevantes sobre a existência de um seguro em vigor fossem verificadas remotamente, qual a necessidade de ter um pedaço de papel como um documento físico obrigatório?

O que isso significa para o futuro?

Foi o espírito que conduziu a esta alteração. De facto, o fim da obrigatoriedade da afixação do selo no para-brisas do carro simplifica a burocracia e reduz a quantidade de papel utilizada nestes processos. Com a substituição do documento físico por soluções digitais, é possível eliminar despesas relacionadas com a impressão, distribuição e armazenamento dos selos, gerando economias de escala. Estes novos recursos podem ser direcionados para a melhoria do serviço e redução dos prémios de seguro a pagar. Além disso, esta mudança acompanha a tendência global de digitalização e automação dos serviços, facilitando a vida dos segurados.

Apesar destes benefícios evidentes, o fim da obrigatoriedade da afixação do selo do carro também traz desafios que precisam ser enfrentados. Em primeiro lugar, é preciso garantir a segurança e a autenticidade das informações disponibilizadas eletronicamente. Para tal, é fundamental investir em sistemas robustos de proteção de dados e criar mecanismos eficientes de verificação e redundância, a fim de evitar fraudes e falsificações.

Em conclusão, o fim da obrigatoriedade da afixação do dístico da Carta Verde no para-brisas do carro representa uma evolução relevante do setor segurador, melhorando a agilidade, economia e sustentabilidade desta indústria. Assim, poderemos desfrutar de um setor segurador mais moderno e alinhado com os desafios do século XXI.

Foto de Kevin Mueller na Unsplash

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