Para quem está a pensar no futuro, a questão da idade da reforma em Portugal torna-se cada vez mais relevante. Em 2025, a idade legal para a reforma será, ao que tudo indica, de 66 anos e 7 meses, refletindo o aumento gradual deste limiar devido ao envelhecimento da população e à necessidade de assegurar a sustentabilidade do sistema de Segurança Social.

Neste artigo, vamos abordar a idade de reforma em Portugal para 2025, entender os fatores que influenciam a determinação e explicar a importância de subscrever um Plano Poupança Reforma (PPR) como complemento à Segurança Social, ajudando a garantir um nível de vida estável durante a reforma.

1. A idade da reforma em Portugal para 2025

A idade da reforma em Portugal está diretamente ligada à esperança média de vida. O aumento gradual da idade da reforma é um reflexo do aumento da população mais velha e não ativa, o que coloca maior pressão sobre a sustentabilidade financeira do sistema de Segurança Social. Atualmente, a idade da reforma aumenta ou diminui com base no fator de sustentabilidade, um índice que é calculado todos os anos a partir da evolução demográfica dos portugueses. 

Para 2025, a idade da reforma será de 66 anos e 7 meses, sendo este um requisito mínimo para os cidadãos portugueses que desejam usufruir de uma pensão completa e garantida pela Segurança Social. Contudo, é importante notar que alguns profissionais podem ter acesso a regimes de reforma antecipada, desde que cumpram condições específicas, como no caso de profissões de desgaste rápido ou em algumas questões de saúde.

2. Como a idade da reforma influencia a Segurança Social

A Segurança Social é um sistema público de proteção da população portuguesa e que assegura, entre outras prestações, as pensões de velhice. Este sistema é sustentado pelas contribuições dos trabalhadores e empregadores. O atraso da idade da reforma acaba por ser uma compensação pelo facto de, com o passar dos anos, o número de trabalhadores ativos estar em declínio quando comparado com o número de reformados, ou seja, há cada vez manos gente a descontar e cada vez mais gente a receber uma prestação. 

Contudo, o valor da pensão de reforma paga pela Segurança Social pode não ser suficiente para manter o padrão de vida desejado, principalmente para quem tem um histórico salarial elevado ou para quem pretende reformar-se antes da idade mínima estabelecida. Neste contexto, muitos cidadãos optam por criar uma poupança complementar, sendo os Planos Poupança Reforma (PPR) uma das opções mais comuns e vantajosas em termos fiscais.

3. A importância de um PPR como complemento à reforma

Os Planos Poupança Reforma, conhecidos como PPR, são instrumentos financeiros criados para ajudar os portugueses a poupar para a sua reforma. Além de serem um complemento à pensão da Segurança Social, os PPR oferecem benefícios fiscais e flexibilidade no momento de escolha do montante a investir e da frequência com que o querem fazer.

Optar por um PPR é uma forma de garantir um fundo complementar para a reforma, proporcionando uma maior segurança financeira ao longo dos anos. Estão são algumas das principais vantagens de ter um PPR como complemento à Segurança Social:

  • Complemento ao rendimento: Um PPR ajuda a criar uma fonte de rendimento adicional para a fase de reforma, compensando eventuais diferenças entre a pensão da Segurança Social e o nível de vida desejado.
  • Benefícios fiscais: Ao investir num PPR, os contribuintes podem usufruir de deduções no IRS até certos limites, o que torna esta poupança mais atrativa. Além disso, a tributação dos rendimentos do PPR é reduzida, dependendo do período de permanência dos valores aplicados.
  • Flexibilidade no investimento: Existem PPR com diferentes tipos de perfis de risco (desde PPR com capital garantido a PPR mais agressivos) e também com diversas formas de resgate. Desta forma, os investidores podem ajustar o PPR ao seu perfil e às suas necessidades.

4. Como escolher o PPR ideal

Com a oferta crescente de PPR no mercado, é importante analisar os diferentes produtos e escolher aquele que melhor se adapta às necessidades e objetivos pessoais. Alguns dos fatores que podem ajudar na escolha do PPR ideal incluem:

  • Perfil de risco: Avaliar a tolerância ao risco é fundamental. Existem PPR mais conservadores, que garantem o capital investido, e outros mais agressivos, que podem oferecer rendimentos  superiores mas sem garantia do capital investido.
  • Taxas e comissões: Comparar as taxas de gestão, subscrição e resgate é essencial para encontrar um PPR que maximize os ganhos líquidos ao longo do período em questão.
  • Histórico de rentabilidade: Consultar o histórico de rentabilidade de um PPR ajuda a perceber o seu desempenho passado, embora não garanta resultados futuros.
  • Flexibilidade no resgate: Alguns PPR permitem resgates parciais ou totais antes da idade da reforma, especialmente em casos específicos, como doenças graves, desemprego de longa duração, ou aquisição de habitação própria.

5. Como iniciar a poupança para a reforma com um PPR

Para quem ainda não iniciou um PPR, o ideal é começar o quanto antes, já que a poupança ao longo dos anos permite acumular montantes significativos devido ao efeito dos juros compostos (consulte o nosso calculador de reforma para perceber como apenas 5 anos fazem toda a diferença). Os passos para começar incluem:

  1. Definir o montante que pode ser poupado mensalmente: Estabeleça um valor realista que consiga aplicar no PPR regularmente.
  2. Aproveitar os benefícios fiscais: Avalie o benefício fiscal anual ao declarar o PPR no IRS, tendo em conta os limites de dedução.
  3. Reavaliar o plano periodicamente: Como os objetivos e o perfil de risco podem mudar, é importante reavaliar o PPR e fazer ajustes conforme necessário. A MOVA, pela sua experiência e independência, consegue guiá-lo ao longo desta viagem de décadas. .

6. Perspetivas para o futuro: PPR e reforma

Num cenário onde a idade da reforma continua a aumentar e as pensões podem enfrentar maiores pressões financeiras, o PPR é uma solução essencial para assegurar uma reforma mais tranquila e estável. Este complemento permite que os reformados mantenham um padrão de vida semelhante ao que tinham na fase ativa, reduzindo a dependência exclusiva da Segurança Social.

Além disso, com o aumento da esperança de vida e o eventual alargamento futuro da idade da reforma, a criação de poupanças para o futuro será cada vez mais uma necessidade e menos uma opção. Ter um PPR poderá fazer toda a diferença entre uma reforma limitada e uma reforma confortável.

Conclusão

Em 2025, a idade da reforma em Portugal será de 66 anos e 7 meses. Embora a Segurança Social desempenhe um papel essencial na proteção social dos cidadãos, a sustentabilidade do sistema é uma preocupação crescente, e as pensões de reforma podem não ser suficientes para assegurar uma qualidade de vida ideal.

Deste modo, a criação de um complemento financeiro, como um Plano Poupança Reforma (PPR), surge como uma solução inteligente para quem deseja preparar-se para a reforma de forma mais segura. Ao investir num PPR, é possível garantir benefícios fiscais e criar uma reserva financeira adicional, tornando a transição para a reforma mais estável e previsível.

Para quem ainda não iniciou a poupança para a reforma, o momento ideal é agora, dado que quanto mais cedo se começar, maior será o benefício a longo prazo.

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